Qual a verdadeira diferença económica entre uma recessão e uma depressão? Qual a verdadeira diferença entre o Oceano Pacífico visto de Silicon Valley e o Atlântico visto da praia da Costa Nova em Aveiro?! De que forma encaramos a Adaptação á Mudança? E qual o papel de um fundador e director estratégico de uma consultora na “gestão” do combate ao novo ADAMASTOR GLOCAL??
10 ANOS.
Quando em 2009 cursava um MBA Executivo numa escola de negócios espanhola, apaixonei-me pela estratégia e decidi que iria abrir uma Consultora Estratégica. Sem rede; apenas ímpeto e paixão.
E assim foi: a Outglocal Consulting nasceu a 15 de Dezembro desse mesmo ano.
Ainda hoje guardo religiosamente as pastas dessa formação intensiva no escritório, que serviram de base para o arranque da empresa e de um empresário inexperiente na área. São muitas ainda as ferramentas estratégicas utilizadas internamente que daí advêm.
Não sei quantas análises SWOT fizemos e perdi a conta aos ficheiros de monitorização de kpi’s. Apenas sei que sempre que fazíamos uma análise PEST, além de serem parecidas, em nenhum momento soou um alarme. Ora por confiança excessiva, ora por ingenuidade.
Hoje 13 de Março 2020, peço-te desculpa Análise PEST por te ter sub-valorizado.
HUMOR NEGRO
Um dia perguntaram-me se sabia a diferença entre uma Recessão e uma Depressão.
(na ausência de resposta) ouvi:
Uma Recessão é quando os teus vizinhos perdem o emprego.
Uma Depressão é quando tu próprio perdes o teu emprego.
Foi em 1498 que Bartolomeu Dias (um dos meus heróis da gesta histórica) ultrapassou o Cabo das Tormentas.
Não houve tempestade que o demovesse. Não teve medo de perder o emprego. Apenas se focou em ultrapassar o obstáculo.
Reza a história que:
“Partidos dali, houveram vista daquele grande e notável cabo, ao qual por causa dos perigos e tormentas em o dobrar lhe puseram o nome de Tormentoso, mas el-rei D. João II lhe chamou cabo da Boa Esperança, por aquilo que prometia para o descobrimento da Índia tão desejada.
O Adamastor está por aí. Á espreita!
Para uns Tormenta para outros Esperança.
Vale a pena estar atento; com respeito, responsabilidade e sentido cívico. Mas também vale a pena continuar a ser positivo, audaz e sobretudo vale a pena viver sem medo.
Só não vale a pena negligenciar: Este novo Adamastor (silencioso) tal como a Análise PEST.
A FERRAMENTA ESTRATÉGICA DA SEMANA
No mesmo ano que me apaixonei pela estratégia, também tive uma cadeira que se denominava Gestão de Crise.
Nunca a negligenciei. Simplesmente nunca dela necessitei.
Mas como dizia o Sr. Bruno Ferri (Nascido na Suiça, percurso de anos no Brasil e meu primeiro chefe directo): “ Sandro… sempre chega o dia.”
E o dia chegou.
Momento de reflexão, ponderação responsabilidade.
Chegou o dia de gerir a crise e decidir.
Está nevoeiro e é difícil ver ao longe.
¿WUHAN E UMA RECIDIVA FIGURADA?
Um dos primeiros bons e desafiantes projectos da Outglocal teve por base um enorme investimento de um grande grupo Chinês (com sede em Wuhan) numa sucursal em Oliveira de Azemeis. Mega desafio.
10 anos depois, novo desafio vindo do mesmo local: Wuhan
Este desafio é de facto uma reincidência, mas desta feita vem com mais força; qual recidiva.
Sun Tzu diz-nos (em Arte da Guerra) que “Conheça o seu inimigo, e conheça-se a si mesmo! E em 100 batalhas você nunca correrá perigo!”
Para grandes desafios, grandes guerreiros.
INOVAÇÃO + PRODUTIVIDADE! ou ¿COMO TENTAR CONHECER O INIMIGO?
Quando respirei o ar de Silicon Valley em Setembro passado, num programa de imersão, retirei sobretudo 3 grandes ilações:
• Loose networks with alligned interests (RULES!)
• A polinização cruzada é uma ferramenta brutal
• Não é preciso estar virado ao Oceano Pacífico para sermos inovadores
Hoje foi dia de decidir conhecer o inimigo
Hoje foi dia de perceber que a suprema arte da Guerra é vencer o inimigo sem lutar (sobretudo quando o mesmo é traiçoeiro e invisível, e quando não tens as mesmas armas).
Hoje foi o dia.
!Jon Gordon, o livro The Carpenter e a reengenharia inteligente!
Quando li o livro “The Carpenter” (A Story About the Greatest Success Strategies of All) fiquei siderado com esta passagem:
(…)
CARE about the work you do
SURROUND YOURSELF with people who CARE
SHOW YOUR TEAM you CARE about them
BUILD A TEAM that CARES about each other
TOGETHER show your customers you CARE about them
(…)
Todas as frase são incríveis, mas hoje percebi porque é que umas vêm antes de outras.
Num momento em que projectos de clientes nos são cancelados; num momento em que viagens de trabalho (para nós importantes) têm de ser abortadas; num momento em que eventos importantes (por nós desenvolvidos) têm de ser adiados…
O mais importante continuam a ser as PESSOAS.
De longe (by far) o mais importante continuam a ser as pessoas do teu grupo de trabalho e as pessoas que amam as pessoas do teu grupo de trabalho: familiares e amigos.
ADAPTAÇÃO Á MUDANÇA;PORQUE O MELHOR ESTÁ PARA VIR
Segunda-feira dia 16 de Março não tomarei o meu café da manhã na Outglocal.
Nem eu nem ninguém.
Será melhor assim.
Vamos sentir falta dos sorrisos, das gargalhadas, dos stresses, dos silêncios, das expressões faciais. Sim vamos. Sim vou!
Mas será melhor assim.
Desta forma ajudaremos a tornar uma Tormenta em Esperança.
Desta forma estaremos a ajudar a atacar silenciosamente o Gigante Adamastor; em isolamento e com consciência.
Porque em consciência é o melhor.
Adaptar-nos-emos á mudança. E dessa forma poderemos continuar a fazer aquilo que mais gostamos: ajudar os nossos clientes.
Á distância.
Á distancia de um clique, de um telefonema, de um sorriso.
Á distância de um pedido de ajuda, de uma solicitação.
Dizem que as relações á distância são difíceis mas que fomentam o amor.
Eu acredito nisso.
Vai ser diferente.
Vai ser difícil.
Mas vai ser giro.
Vamos a isto equipa.
you first
we first.