A Arte e Engenho de gerir uma Rede Social

Aprendemos que a presença numa rede social é como um cartão de visita. Uma janela que mostra mais do que parece mostrar à primeira vista.

Um meio onde a comunicação é tão diferente e tão idêntica às relações que estabelecemos fora do contexto digital. Um mundo onde a mensagem nas entrelinhas é tão importante como um aperto de mão a um amigo ou a um cliente. Onde pela presença mostramos mais do que fazemos. Deixamos entrever um pouco de quem somos, como indivíduos e como organizações.

Daí a importância de entendermos a mensagem que estamos a passar, face à que planeámos transmitir. É que o facto de nos expressarmos digitalmente, não obriga a que a comunicação tenha de ser particularmente diferente, no entanto há sempre o receio de fazer ou mostrar algo diferente do que pretendemos, algo desadequado, que as pessoas que nos vêm poderão rejeitar.

Chamaria a esta uma abordagem top-down, mas o mundo analógico funciona de forma mais concreta. E a gestão de uma rede social, na prática profissional acontece de forma muito mais estruturada, organizada, ligada a bases de imagens, horários e agendamentos.

A título de exemplo, a confiança entre pessoas aumenta com a previsibilidade e confiabilidade das suas ações. Nas redes sociais, a confiança é transmitida pela presença frequente de publicações e pela expectativa cumprida do que os seguidores esperam ver. Seja o conteúdo informativo, promocional, educativo ou emocional, a estratégia é manter-se no “top-of-mind”. E funciona. Não propriamente como um relógio suiço, pela natureza social da ação, e pelo meio tecnológico que procura emular a essência das ligações humanas. Muito conhecimento sobre o cérebro e a mente humana passa pelos olhos atentos e curiosos de quem procura aperfeiçoar o seu ofício.

E quando a abordagem à gestão de uma rede social é levada com um sentido artístico, encontra nas fissuras entre os condicionamentos a que está sujeita, os espaços para se libertar. Na era dos algoritmos, manter o balanço entre criatividade e o conformismo de fazer o que comprovadamente funciona nem sempre é fácil de encontrar.

Por isso, sempre que passeamos na rotina do que tem de ser feito, deixamos um olhar aberto aos vislumbres de uma ideia diferente, de algo novo e original. Algo que mostre um pouco de quem somos de uma maneira particular. E quando as ideias ganham um espaço na realidade da execução e são partilhadas pelo mundo social, quem sabe quantas pessoas alcançará?

Verificamos as métricas depois, agora criamos.

gostaste? partilha: