OUT! 16ª edição

Esta semana vou á procura da Bucket-List perdida! porque gosto de pensar. Também falo em Ledgers e em Crypto. como sempre aliás. Termino com 2:16. 16ª edição da OUT! uma catárse.

Á procura da bucket-list perdida

A expressão já faz parte do vocabulário de muitos de nós.

Bucket-list!

Lista de desejos.

Lista de coisas a fazer.

Ou,

indo á etimologia anglo-saxónica.

Lista de coisas para fazer antes de “bater as botas”.

Nunca escrevi uma bucket-list

Isto é,

Nunca escrevi, literalmente, uma lista.

Obviamente que cumpri muitos sonhos.

Mas nunca os risquei da lista.

A tal lista que não tinha.

Os sonhos foram sendo diferentes

e só estavam na minha cabeça:

Ter um audi A3 preto  ✅

Abrir uma empresa  ✅

Ir a Tokyo  ✅

Ter um filho  ✅

Construir património imobiliário ✅

Por diversas vezes, porém,

disse que risquei um item da lista

Mas foi algo de momento

que ficou bem no instagram.

Coisas que quis muito

em dado momento

e que se concretizaram

viver sozinho✅

Férias nas Caraíbas✅

Chicago  ✅

London Business School  ✅

40º aniversário em Bali  ✅

Ver Portugal num campeonato do mundo ✅

Mas hoje sinto

que preciso PENSAR

tudo o que quero fazer

E escrever a lista

Com todas as letras.

Mas o quê?

Não almejo escrever um livro.

Não me apetece saltar de pára-quedas

Dispenso Gôndolas de Veneza.

Tal como nadar com tubarões.

Gostava de ter visto

o Michael Jordan jogar

Mas isso já não é possível.

Quanto ao resto

Andar de Balão deve ser o máximo.

Tal como fazer a maratona de Nova Yorque

Mas não são coisas que me façam sentir

louco por as fazer

antes das botas baterem

uma na outra.

Houve um livro que em tempos me marcou.

O Monge que vendeu o seu Ferrari:

uma fábula brilhante

sobra a busca espiritual

de alguém que tudo vendeu

Para se reencontrar

Física e espiritualmente.

Junto de uns monges

Algures no Tibete.

No momento que o li

Achei inspirador.

A forma como a personagem

Alcançou vitalidade mental

Num processo de busca interior

Absolutamente desmaterializado.

Quando tinha 30 anos mudei de vida.

Era Diretor de Engenharia, com sucesso

mas apaixonei-me pela Estratégia

E num rasgo de loucura

decidi abrir uma consultora.

Nos primeiros anos

ganhei muito menos dinheiro

Mas era muito mais feliz.

Disse durante muito tempo:

Tenho pensado nisso agora.

Não sei se tenho pensado muito

ou se tenho pensado pouco,

Mas já são vezes suficientes

para me fazerem refletir

Se não tivesse uma filha

Ia 6 meses para Bali

E fazia da ilha o meu escritório.

Pensar noutro sítio

Viver novas experiências.

Só precisava do meu Mac

E de um café da manhã

Num qualquer spot com rede.

Não precisaria do meu BMW

Nem de um armário cheio de roupa

Chega-me uma scooter

E meia dúzia de t-shirts

É incrível a qualidade de vida

Que se pode ter

Em tantos spots do mundo

Onde stress não é palavra.

E onde tu podes ser

Um nómada digital

Mas o que é que eu quero realmente fazer?

Apesar de já ser minimalista

Tenho sentido cada vez mais

Que preciso de cada vez menos.

A frugalidade tem crescido em mim

De uma forma assustadora.

Estou á muito tempo numa fase

Em que sou zero consumista

Estou cansado de black-Fridays.

E de cyber Mondays.

Só quero dias felizes.

E noites bem dormidas.

Vitalidade física

E brilho no olhar.

Nunca venderei um Ferrari.

porque nunca ostentarei um,

mas se um dia decidir

vender tudo o que tenho

comprarei um bilhete

para qualquer parte do mundo.

Depois logo vejo.

se durmo 2 semanas.

ou se medito 1 mês.

pouco preocupado

Com o que virá a seguir.

Já vivi muito.

E sempre vivi rápido.

Muitas viagens.

Muitas experiências.

Muita loucura.

Costumo frequentemente dizer

Que já vivi muitas vidas.

Ponderando bem

talvez seja isso mesmo.

Gosto de viver vidas diferentes

Vidas novas.

Aquele sentimento limite

de provar a mim próprio

que tenho talento e ousadia

para começar de novo

seja o que for.

Seja onde for.

Uma coisa não vai mudar

Gosto de respirar o momento

Dos momentos que vivo

Quanto á lista

Fica-me claro.

Não quero subir o Everest

Nem descer o Nyagara.

Na minha bucket list só quero

Vender um dia o meu Ferrari

Seja o Ferrari de que marca for.

Depois,

simplesmente dizer:

Feito ✅

Momento Crypto

A semana passada comprei a minha primeira Ledger.

O meu congelador como costumo dizer.

Para os leigos é uma carteira “fria”, não conectada á internet, e que se torna a forma mais segura de manter o património de investimentos crypto.

Este ano tem sido pródigo em bancarrotas de players de mercado importantes.

Apesar de ter algum capital num desses players, fui afortunado porque não era nem de longe nem de perto, a minha Exchange principal e por isso mesmo as perdas foras muito reduzidas.

Mas como tenho passado pelos pingos da chuva decidi crescer e descentralizar de uma vez por todas.

Há muito tempo que ouvia dizer:

Not your keys, Not your crypto.

Mas achava que isso de perder fundos nas exchanges só acontecia aos outros.

Os mercado urso também servem para isso.

Para aprenderes e para cresceres

E dares passos em frente.

Foi isso que fiz.

Hoje tenho as minhas próprias chaves dos meus investimentos e os mesmos estão guardados na rede blockchain.

Durmo muito mais descansado hoje.

E isso é incrível.

Nota: tenho recebido alguns pedidos informais para passar conhecimento deste novo mundo crypto. Clientes e amigos que querem aprender.

Se por acaso também for o teu caso, envia-me mensagem linkedin.

Pondero fazer um workshop.

Som da Semana.

2:16 dos HVOB

Uma dupla austríaca de som electónico minimalista, com vocals no meio.

Uma verdadeira viagem,

Ou uma banda sonora para uma qualquer vida.

16ª edição da out

Faltam 4 para as 21

inté.

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